Capítulo 648 - Traumas
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Vários dias após o pelotão dos Renegados voltar da Singularidade, o quadro psiquiátrico deles não tinha avançado quase nada. Infelizmente, o comportamento reativo e temeroso do grupo permanecia praticamente inalterado, um claro indicativo das profundas cicatrizes psicológicas deixadas pelas torturas sofridas nas mãos de Heimdall. Apesar dos esforços incessantes dos médicos e de todos ao redor para fornecer um ambiente seguro e tranquilo, o caminho para a recuperação parecia impenetrável, um labirinto sem saída onde os ecos do passado ressoavam com uma intensidade assustadora.
Séculos de tortura mudaram as personalidades fortes e corajosas que deu ao pelotão dos Renegados a fama de ser um grupo de baderneiros que sorriam em batalha e amavam lutar. E o comandante do grupo, o Tenente Jones, por mais que tentasse resgatar as memórias que eles tinham dele e provar que ele não queria fazer mal a eles, mas sim que queria o bem deles, ainda não conseguia sequer se aproximar dos seus queridos subordinados.
Diante desta situação angustiante, o Tenente Jones enfrentava um dilema que desafiava toda a sua experiência e habilidade militar. A guerra contra os deuses, embora repleta de perigos físicos, havia se mostrado uma batalha ainda mais complexa no campo da mente e do espírito. A dor de ver seus subordinados, heróis que uma vez haviam marchado ao seu lado com determinação e coragem, reduzidos a sombras de si mesmos era uma ferida que palavras e medicamentos não podiam curar. O oficial não sofria tanto quanto os seus garotos, mas enquanto eles permanecessem daquele jeito, ele sofreria todos os dias.
Se aproximar da casa onde o grupo vivia era expressamente proibido a todos. Havia soldados espalhados por todas partes para garantir que nenhum curioso violasse o perímetro de segurança, e todo aquele esquema de proteção, ironicamente, lembrava muito a forma que os guardas de Turop protegiam a Montanha Sagrada.
Hill, a casa do pelotão dos Renegados, não poderia ser o lugar mais seguro para manter o grupo mais famoso da atualidade, porque já tinham vários curiosos procurando-os, e era melhor que ninguém os encontrasse, pois o retorno deles tinha dado um novo fôlego à humanidade, mas se alguém espalhasse a verdade sobre como eles voltaram, isso poderia desmoronar a frágil esperança que começava a florescer nos corações de muitos. A imagem dos Renegados, embora marcada pela vitória, carregava em si uma profundidade de sofrimento e perda que poucos poderiam compreender plenamente. A verdade sobre seu estado poderia abalar a confiança recém-construída na capacidade de resistir e lutar contra os deuses.
Por ora, era melhor manter determinadas verdades escondidas do resto do mundo. E para que isso fosse possível, seguro e confortável para eles, Kaos foi o lugar escolhido para receber o pelotão dos Renegados e Hatori se encarregou de cuidar dos amigos de Zao Tian durante sua ausência.
Protegidos, o grupo apenas sobrevivia ao próximo dia sem aproveitar nada de tudo o que estava à disposição deles. Pesadelos impediam-nos de dormir e sempre que fechavam os olhos eles enxergavam o rosto de Heimdall.
O tormento era constante… Até o cheiro da jaula parecia nunca sair das suas narinas. Nem mesmo o melhor perfume do mundo podia mascarar aquele cheiro que estava além do olfato e profundamente enraizado nos seus cérebros.
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Em um dia tranquilo de patrulha, alguns dos guardas que protegiam a residência do pelotão dos Renegados sentiram uma perturbação no espaço e enxergaram o ar a frente deles distorcer até criar uma fenda grande e flutuante.
“Quem… Quem está aí?” Diante da fenda que ficava cada vez mais escura à medida que ela se expandia, um dos guardas ordenou para que o responsável por aquilo se identificasse. Apesar de tentar fazer o seu trabalho, o guarda, com a sua voz oscilante e mãos trêmulas não conseguia intimidar ninguém.
“Alerte o mestre Hatori!” Enquanto também tremia ao lado de seu companheiro, uma jovem guerreira ordenou a um rapaz de mais ou menos 20 anos.
A força que os dois guardas sentiam exalava perigo e causava arrepios inimagináveis, então, para salvar pelo menos aquele jovem, a guerreira deu a ordem para que ele saísse dali.
*Whooooooooooooooooooooooom…* Enquanto se expandia, a fenda pulsava e a pressão da energia espiritual da criatura que estava do outro lado dela ficava cada vez mais sufocante e insuportável.
*Clang. Clang. Clang. Clang…* As armas e armaduras dos guardas rangiam de acordo com os tremores das mãos e corpos deles.
“Pare aí, senão…” Valente, o guarda deu aquela ordem. Apesar de saber que não tinha chance, ele não fugiu.
“Acalmem-s, crianças… Eu não estou aqui para fazer mal algum a vocês!” Uma voz grave soou da fenda e tentou acalmar os guardas, porém, aquela pressão espiritual não era condizente com as suas palavras e não contribuía em nada para acalmar a dupla.
“Senhor Hatori! Senhor Hatori! Por favor, nos ajude, senhor Hatori!” Aos berros, o jovem que fora enviado para buscar ajuda disputava com o seu amuleto de transmissão sonora para ver quem conseguia alcançar Hatori primeiro. Os gritos dele eram tão altos que podiam ser escutados a quilômetros.
*Tap. Poof.* Enquanto isso, no ponto onde a fenda surgiu, uma perna negra atravessou e um único toque dela no chão foi o suficiente para derrubar os dois guardas, que simplesmente caíram de joelhos.
‘Que pressão é essa? O que é essa coisa?’ Sufocando em medo, mas lutando contra a autopreservação para manter a sua espada erguida, o homem simplesmente não conseguia se levantar, as suas pernas pareciam não obedecer às ordens do seu cérebro.
‘Levanta! Levanta! Levanta!’ A guerreira gritava em sua mente, ordenando para que as suas pernas se movessem, porém, isso não acontecia.
“Me desculpem, crianças, mas isso é para a segurança de vocês!” De novo, com um tom calmo, a voz falou com os guardas, e o dono dela finalmente se revelou…
*Tap.* Dando um segundo passo que fez as mentes dos dois guardas travarem, um homem muito peculiar, de pele pálida, com uma cicatriz no rosto e uma armadura negra digna de um demônio atravessou completamente a fenda.
“Soltem as suas armas, por favor!” O homem pediu para que os guardas relaxassem.
“Não faça, velho amigo! Esses bons soldados preferem morrer a baixar as armas!” De repente, para o alívio dos guardas, uma voz familiar e muito esperada soou, porém, ela parecia ser simpática ao monstro que acabara de surgir.
“Eu entendo… Então, por favor, ordene para que eles façam isso, Hatori! Eu não farei mal algum a eles, mas eu temo que a minha escolta fará…” O homem pediu para que Hatori ordenasse para que os guardas baixassem as armas, logo antes de apontar para cima e dizer: “Nós estamos começando algo novo, Hatori… E eu não quero que as nossas frágeis relações comecem assim.”
Na direção apontada pelo homem, Hatori sentiu uma aura familiar sobrevoando a região. Apesar de ter sentido aquela aura apenas uma vez na vida, Hatori reconhecia-a muito bem… Aquele era um dos membros do Esquadrão da Noite, a elite do Reino Demoníaco.
“Quando foi que ele chegou aqui, Daren?” Surpreso, pois até a pouco nem mesmo ele tinha sentido a presença daquela pessoa, Hatori perguntou ao visitante, que era ninguém menos do que o próprio Demônio da Escuridão, Daren.
“Ele sempre esteve aqui, velho amigo!” Num tom calmo e até de desculpas, Daren respondeu, logo antes de explicar: “Nós sempre estivemos de olho no mundo externo… E temos guerreiros prontos para agir contra qualquer ameaça em qualquer canto deste planeta!”
“Você está dizendo que ele estava infiltrado aqui o tempo todo?!” Chocado com o fato de nunca ter percebido alguém com aquele nível de força entre os seus, Hatori questionou.
“Astralis, codinome Star… Apesar de não ser um especialista em ocultação de presença e disfarce, ele fez um excelente trabalho ao longo desses anos…” Enquanto apontava para o céu, Drake revelou a identidade daquele soldado de elite e elogiou o seu trabalho, revelando que ele estava infiltrado nas forças de Yan Chihuo há anos sem que ninguém percebesse. Também, apesar dos elogios ao seu soldado, Daren teve que fazer uma crítica a Hatori e seus companheiros, dizendo: “Eu sinto informar, mas a sua segurança é bastante suscetível a infiltrados…”
Hatori olhou para cima, tentando imaginar quem era e como aquele soldado de elite, Astralis, poderia ter permanecido oculto entre eles por tanto tempo sem ser detectado. A revelação de Daren não apenas destacava as habilidades excepcionais de Astralis mas também lançava dúvidas sobre a eficácia das medidas de segurança que eles acreditavam ser impenetráveis. "Isso significa que sempre estivemos sob vigilância... E que, se vocês escolhessem, poderiam ter intervido a qualquer momento." Hatori refletiu misturando admiração e inquietação.
Daren assentiu com um sorriso enigmático e respondeu: "Sim, mas nossa intenção nunca foi intervir diretamente... até agora. Os eventos recentes, a coragem mostrada pelo grupo que fez você interceder por eles junto a mim, mudaram o jogo. Estamos diante de um novo amanhecer, Hatori, e é hora de agirmos abertamente, lado a lado.”
Enquanto Daren dizia aquilo, Hatori ainda não conseguia parar de pensar em quantos segredos o Reino Demoníaco poderia saber sobre Kaos e os outros continentes, e percebendo isso, Daren tentou acalmar o seu amigo, dizendo: “Hatori, nenhum soldado foi infiltrado dentro de qualquer alta cúpula mundial. Eles eram expressamente proibidos de fazer isso, então fique tranquilo, porque os seus segredos ainda são apenas seus!”
“A intenção de vigiar o mundo externo era antever qualquer possível movimentação prejudicial ao meu povo a este planeta, então todos os infiltrados se limitaram a ocupar posições onde eles poderiam acompanhar os exércitos e movimentos deles, e não influenciar em nada.”
Daren fora sincero. Apesar de ter espiões espalhados pelos quatro cantos do mundo, nenhum se infiltrou diretamente dentro das lideranças mundiais. O Reino Demoníaco sabia que era muito mais forte do que o plano exterior, então não havia necessidade de chegar a esse ponto.
Contudo, apesar de confiar plenamente nas palavras de Daren, Hatori não conseguia deixar de se preocupar com o homem que flutuava sobre ele.
Astralis, embora não fizesse nenhum movimento ofensivo, irradiava um calor intenso e tinha uma aura bastante densa. Ele era um cultivador do fogo, dava para perceber só de sentir aquela aura, e ele também estava se contendo para manter um equilíbrio entre a intimidação e a agressividade.
“Por que você precisaria de uma escolta, Daren?” Sabendo claramente que Daren era mais do que capaz de se defender sozinho, Hatori se viu forçado a fazer aquela pergunta.
Uma escolta, para um ser como o Daren… Isso não fazia sentido, porque a segurança era muito mais fraca do que o protegido. Isso se deixar de lado que ninguém em Decarius era capaz de bater de frente contra o Demônio da Escuridão.
“Uma mera formalidade, meu amigo. Até onde eu sei, é isso o que vocês fazem quando um líder visita outra nação…” Daren respondeu, indicando que, dessa vez, a sua visita era formal e diplomática.
“Você está dizendo que…” Surpreso, Hatori começou um questionamento que foi prontamente confirmado por Daren, que disse: “Sim, meu amigo… Hoje eu começo a cumprir a promessa que fiz ao moleque!”