Capítulo 700 - Rei Por Direito
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A luta de Yanor contra Jhora e o grupo de ataque que o rei de Niflheim reuniu tinha entrado em uma nova e imprevista, pelo rei, etapa.
Com a interferência dos gigantes de fogo e lava, que estavam em números que superavam em duas ou três vezes as forças do rei Jhora, o rei teve que recuar e, protegido pelos seus guerreiros, fugir para escapar da morte.
Cerca de quarenta gigantes do rei Jhora morreram naquela luta. Treze deles caíram pelas mãos de Yanor, e os outros caíram quando os gigantes de fogo e lava intercederam por Yanor ou para garantir a fuga de Jhora.
Abalado, porque aquele ataque deveria ser fatal, dada a desproporcionalidade entre os números de ambos os lados, Jhora retornou para o castelo de Niflheim com o rabo entre as pernas, como se fosse um cão que acabara de ser escorraçado da sua própria casa.
A ira do rei fez todo o castelo tremer. O gigante de gelo que governava Niflheim estava quebrando tudo em seus aposentos, enquanto aqueles que testemunharam o retorno do rei abriam as suas bocas para propagar fofocas que se alastraram com o fogo em capim seco.
Yanor sobreviveu a uma emboscada do rei Jhora e 300 gigantes, e ainda conseguiu o apoio de quase todas as tribos de gigantes de lava e fogo. Essa notícia bombástica viajou pelos quatro cantos de Niflheim, mais rápido do que o vento, e em poucos dias, Yanor conseguiu a simpatia de gigantes que ele sequer tinha procurado ainda.
A guerra civil de Niflheim estava montada. Metade dos gigantes apoiava o rei, enquanto a outra metade se juntava à causa rebelde de Yanor.
Pai e filho iniciaram um conflito que duraria décadas em circunstâncias normais, porém, para o azar de Jhora, Yanor não estava limitado a apenas os números de gigantes que o apoiavam… Ele tinha outros aliados que o enviaram para lá com a promessa de apoiá-lo quando fosse a hora.
Os gigantes são uma raça que possui, naturalmente, forças muito elevadas, principalmente no quesito físico. Em uma batalha entre forças medianas, onde soldados de elite como Santos não estão presentes, um único gigante, ainda que jovem, equivale a cerca de 800 soldados.
Quando um gigante alcança o nível de um Santo, as coisas se igualam um pouco, mas eles ainda possuem uma ligeira vantagem natural contra as outras raças, principalmente quando falamos de um campo de batalha vasto e numericamente grande.
Gigantes são armas de destruição. Eles possuem um longo alcance, muita força, e peso para esmagar seus inimigos com facilidade. Contudo, ainda que essa vantagem natural coloque-os à frente de muitas outras raças, por todo o universo havia seres que alcançaram níveis de poder e maestria que anulavam tais vantagens e até superavam-nas. E esse era o caso dos aliados de Yanor.
Secretamente, sem usar nada disso para convencer os gigantes a se unirem a ele, Yanor tinha à sua disposição uma força de mais de dez mil soldados humanos, todos eles de alto nível, fornecidos por Kaos e Hill.
Drake, assim como Yan Chihuo faria, apoiou a causa de Yanor, porque ele era um seguidor fiel do seu mestre e um grande aliado.
Momoa, por sua vez, viu como seria benéfico Yanor conquistar o mundo dos gigantes e ter aquela raça ao lado da humanidade no futuro, então, ele assumiu o risco de apoiá-lo e deixar tropas de Hill de prontidão para quando o príncipe dos gigantes necessitasse convocá-las.
Daren não enviou nenhum soldado seu para apoiar Yanor, porém, após a abertura do Reino Demoníaco para o mundo, o gigante conheceu algumas criaturas nas terras de Daren, que apoiaram a sua causa.
Treze dragões que viviam no Reino Demoníaco aceitaram de bom grado lutar ao lado de Yanor. O que foi tirado dele tocou os corações das bestas que, livres, soberanas e naturalmente poderosas, se colocaram no lugar dele e imaginaram o quão ruim era a dor que Yanor sentia.
Quando fosse a hora, Yanor tinha condições de abrir portais para levar às terras de Niflheim todos os seus aliados e esmagar as forças do rei Jhora, porém, ele sabia que devia fazer isso no momento certo, em uma batalha onde o seu pai estaria exposto e sem condições de escapar, porque quando Jhora perceber que não tem como vencer Yanor, ele, provavelmente, fará alguma besteira, como avisar os deuses ou pedir a ajuda deles, por exemplo.
Jhora estava naquele trono há muito mais tempo do que vários gigantes possuíam de vida. Alguém assim, apegado ao poder e disposto a entregar o seu próprio filho a um deus para mantê-lo, e rechaçar esse filho mesmo após ele voltar a salvo, faria de tudo para não perdê-lo. Personalidades assim preferem destruir tudo a perder o que elas têm.
Enquanto Yanor se preparava para o confronto iminente, o rei Jhora se via enredado em uma teia de raiva e desespero. O palácio de Niflheim ecoava com o estrondo dos seus passos furiosos, enquanto os sussurros de intriga se espalhavam como fumaça nas câmaras do castelo.
A notícia da sobrevivência de Yanor e sua crescente aliança com os gigantes de fogo e lava havia atingido o rei como uma flecha em seu orgulho e autoridade. A percepção de que sua própria criação, seu filho, havia escapado de sua armadilha mortal e agora se erguia ainda mais forte contra ele, alimentava um fogo de ódio ardente em seu peito.
Mas Jhora não era apenas movido pela raiva cega. Ele era um estrategista astuto, ciente das ameaças que Yanor e seus aliados representavam. Enquanto os boatos de guerra civil ecoavam por Niflheim, Jhora se recolhia em seus aposentos, ponderando planos para conter a rebelião de seu próprio sangue.
Ele sabia que precisava de uma vantagem decisiva para virar o jogo a seu favor. As forças de Yanor representavam uma ameaça formidável. Contudo, Jhora tinha seus próprios recursos ocultos, segredos guardados nas sombras do reino.
Enquanto os gigantes se preparavam para a batalha, os gigantes mais leais ao rei Jhora vasculhavam os confins de Niflheim em busca de aliados inesperados, segredos antigos que poderiam inclinar a balança a seu favor. Entre as montanhas de gelo e os vales de fogo, eles escondiam antigas alianças esquecidas e criaturas há muito adormecidas.
Jhora, decidido a ter uma batalha única contra Yanor convocou os misteriosos guardiões das profundezas do reino, gigantes ancestrais cujos poderes estavam atrelados à escuridão. Esses seres, há muito esquecidos e relegados ao esquecimento, despertaram de seu sono eterno, prontos para servir seu antigo mestre uma vez mais.
Enquanto isso, em Decarius, os aliados secretos de Yanor aguardavam o sinal para avançar. Os guerreiros humanos de Kaos e Hill, seguidores leais de Drake e Momoa, e os dragões do Reino Demoníaco estavam prontos para marchar ao lado dos gigantes em direção ao castelo de gelo, onde o destino de Niflheim seria decidido em sangue e fogo.
As nuvens de guerra se reuniam sobre o reino congelado. Yanor se preparava para liderar seus aliados em uma batalha que determinaria não apenas o destino de Niflheim, mas o equilíbrio de poder em toda a galáxia. Os tambores da guerra ecoavam por toda a terra, anunciando a chegada de uma tempestade que varreria tudo em seu caminho. E no olho dessa tempestade, dois titãs se preparavam para se enfrentar, pai contra filho, numa batalha que decidiria o destino de reinos e deuses.
Ambos tinham os seus próprios segredos, armas ocultas que esconderam de todos, até agora. E na batalha que estava por vir, cada um acreditava que a sua carta na manga era melhor do que a do outro.
Nem Yanor e nem Jhora sabiam o que um escondia do outro, mas ambos estavam confiantes na vitória… E agora… Só restava lançar as peças sobre o tabuleiro. E que vença o melhor!
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Enquanto a chama de uma grande batalha acendia em Niflheim, em Decarius, uma comoção muito forte tomou conta de Gard, onde Momoa, o rei interino da nação, que se tornou bastante querido em pouco tempo, estava diante de alguém que ele não via há algum tempo, e que estava, aparentemente, muito diferente das pessoa que ele viu da última vez.
“Momoa… Muito obrigado por cuidar do meu lar durante a minha ausência!” Hakim, o verdadeiro rei de Gard, aquele matou todos os seus irmãos e próprio para tomar a coroa, tinha retornado da Singularidade e estava agradecendo Momoa enquanto, dessa vez, olhava direto nos olhos dele.
“Eu ainda não sei se te chamo de Hakim ou de moleque…” Momoa, com sua postura habitual, retribuiu com o mesmo olhar, porém, num tom de voz diferente.
Enquanto isso, ao redor, todos aqueles que testemunharam o retorno de Hakim, o Filho da Dor, observavam atentamente a troca de olhares entre os dois e muitos mais chegavam para ver como foi que o rei de Gard retornou da Singularidade.
A expectativa do povo fiel a Hakim era grande, mas depois da segurança que Momoa proporcionou a eles durante o período que ficou à frente de Gard, era inevitável que eles sentissem um pouco de decepção pelo retorno de Hakim. A maioria, sinceramente, queria que as coisas continuassem como estavam e que Hakim não voltasse tão cedo.
Hakim, por sua vez, parecia calmo como um lago, e, após o questionamento de Momoa, ele respondeu: “Levando em consideração o fato de que sempre existe alguém mais forte do que nós, eu creio que todos nós podemos ser chamados de moleques. Porém, em minha casa, onde eu sou o mais forte, e onde você pisa hoje, eu prefiro que me chame Hakim, ou rei, se preferir!”
A resposta de Hakim fez Momoa franzir o cenho. A confiança daquele homem estava muito alta, mas não beirava a soberba. Momoa via e sentia que, enquanto dizia aquelas palavras, Hakim estava livre de qualquer impulsividade e até parecia estar dando uma lição de moral nele.
“Que porra foi essa que você acabou de dizer?” Momoa rosnou de volta.
Hakim, por sua vez, sorriu e estendeu a mão enquanto respondia: “Apenas que não há mais a necessidade ou motivos para a falta de respeito entre nós, e que ambos devemos ser chamados pelos nomes que recebemos de nossos pais.”
Momoa recebeu mais uma resposta longa e calma de Hakim. E o que mais lhe incomodava eram os fatos de que, mesmo com a mesma aparência que tinha quando partiu, Hakim estava mentalmente diferente, e, também, ele estava tentando, mas não conseguia sondar o nível de poder que Hakim possuía agora.