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Capítulo 731 - Halfkor

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Tenham uma boa leitura!]


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Há alguns meses, antes de Yan Chihuo e Yang Hao acordarem entrar na Singularidade ao mesmo tempo e pouco depois da paz ser selada entre eles, os líderes de Kaos e da Dinastia Yang estavam indo, juntos, para uma visita amigável ao atual líder de dois continentes, que eram Gard e Hill.


Devido ao histórico de um temperamento volátil daquele que estava sendo visitado, Yan Chihuo e Yang Hao caminharam pelo deserto de Gard, enquanto seus passos ecoavam pela paisagem silenciosa. As figuras de dois eram facilmente reconhecíveis, suas auras de poder inconfundíveis, mas eles seguiram com respeito até o destino final. 


Em uma missão crucial para humanidade e para a guerra que estava por vir, eles estavam em busca de Momoa, o homem mais forte do mundo, atrás apenas de Daren, que não se encaixava na definição de humano, para oferecer-lhe a oportunidade de usar o artefato de maior valor que a humanidade tinha em sua posse, a Forja de Hefesto.


Depois de horas de caminhada, Yan Chihuo e Yang Hao avistaram uma figura solitária treinando em um platô elevado no alto de uma montanha. Momoa, com músculos tensos e suor escorrendo, estava envolvido em uma série de movimentos de combate, com sua concentração absoluta e um poder bruto que apenas pelo deslocamento de ar de seus movimentos redefinia a paisagem desértica. Ao perceber a presença dos dois homens, ele parou e se voltou para eles, enquanto seus olhos estreitavam, curiosos para saber o que aqueles faziam ali.


“Yan Chihuo, Yang Hao…” Momoa saudou em voz grave e firme, logo antes de perguntar: “O que os traz aqui?”


Yan Chihuo deu um passo à frente, segurando um artefato envolto em tecido dourado, enquanto Yang Hao ficava logo atrás e dizia: “Momoa, nós viemos até você oferecer-lhe uma oportunidade única…” 


Enquanto Yang Hao falava, Yan Chihuo desenrolava o tecido para revelar a Forja de Hefesto, um artefato que fez os olhos de Momoa brilharem ao reconhecer que aquele se tratava de um item único e perfeito.


“Esta forja tem o poder de criar armas do Espírito, armas que poucos em nossa história tiveram a honra ou a sorte de manejar. E nós estamos oferecendo ela a você, mas para um único uso, é claro!” Enquanto colocava a Forja de Hefesto sobre um pedestal, Yan Chihuo completou as palavras de Yang Hao.


Momoa olhou para a forja, intrigado. Seu pai o ensinou como eram feitas as armas do Espírito por meio da alquimia, porém, tal método era uma monstruosidade arbitrária e desumana que desonrava qualquer um que criasse uma atrocidade daquelas ou que aceitasse empunhá-la.


Segundo Halfkor lhe ensinou, para que uma arma do espírito possa ser criada, o alquimista deveria usar de meios inescrupulosos para gerar um imenso terror em um ser, antes de ceifar a sua vida.


Por causa desse medo extremo, e por meio de matrizes que selaram uma região do espaço físico e espiritual, essa alma ficaria presa ao mundo por cerca de de alguns milésimos de segundos, que era o tempo necessário para que ocorresse a sua captura. Sem estado de pavor, a transição da alma aconteceria de forma mais rápida, e até hoje não existia nenhum alquimista capaz de realizar essa captura em condições normais.


Após aprisionar essa alma em um metal especialmente preparado para recebê-la e contê-la, o processo de forja começava, sendo que a cada golpe que o metal sofria, uma parte da alma se fragmentava e ficava entranhado nele, até que a alma deixasse de existir como um indivíduo e fizesse parte de uma arma cujos poderes eram exageradamente elevados através da destruição contínua de fragmentos da alma que reside na arma.


O destino de quem era usado como matéria prima para tais armas era um sofrimento lento e constante, que culminava em uma morte triste e sem retorno. 


A fabricação de uma arma do Espírito através de mãos mortais era um processo horrível que tinha uma data de validade que dependia de quantas vezes ela era utilizada.


Momoa nunca tentou ou almejava ter uma arma do Espírito, porque ele jamais se sujeitaria a fazer algo assim com outra pessoa. Contudo, Yan Chihuo e Yang Hao aparentemente possuíam uma outra forma de forjar armas de tanto poder, pois principalmente quando se tratava de Yan Chihuo, o método que Momoa conhecia jamais seria aceito ou recomendado por ele.


“Como funciona essa coisa? E por que vocês estão oferecendo logo a mim?” Momoa questionou com certa preocupação em relação à forma que o artefato apresentado pelos dois realizava o que eles prometiam.


Yan Chihuo, respondendo à primeira pergunta, explicou: “Essa forja foi criada a partir do sacrifício do dom de Hefesto. Por meio dela, é possível acessar o Rio da Almas, onde aqueles que morreram e ainda não reencarnaram estão, e obter, através de um sacrifício voluntário, a alma ou as almas que serão remodeladas em uma arma.”


“Nós estamos te oferecendo isso, porque você é o mais forte entre nós!” Imediatamente após Yan Chihuo terminar a sua explicação, Yang Hao respondeu à segunda pergunta, e completou: “E porque sabemos que você precisa de uma arma que corresponda à sua força. Algo que possa ajudá-lo a enfrentar os desafios que estão por vir.”


Momoa ponderou por um momento, e então perguntou: “Muito bem… O que preciso fazer?”


Sacrificar uma alma, mesmo que de forma voluntária, ainda era algo muito forte para Momoa. Ser jogado ao esquecimento, ao vazio da morte eterna não era um destino que ele julgava ser bom.


Yan Chihuo explicou o processo: “Você deve colocar sua mão na forja e deixar que ela teste sua alma. Quando a forja começar a queimar a sua alma e dividi-la, o próximo passo será entrar no Rio das Almas, onde você encontrará aqueles que estão entre a morte e a reencarnação. É lá que você terá uma experiência que é singular para cada um, encontros com aqueles que perdeu, e uma chance de ter alguém que se junte à sua causa, ao que você é, e entregue o seu destino à sua vontade.”


“O processo é muito simples, Momoa. A forja faz praticamente tudo, mas se você falhar e não conseguir encontrar uma alma depois de um certo tempo, a sua alma será queimada e jogada à inexistência.” Yan Chihuo encerrou, expondo o outro extremo da Força de Hefesto, que eram os seus riscos.


Sem hesitação, Momoa estendeu a mão e a colocou na forja. Aquele gesto surpreendeu os outros dois, mas quando escutou que naquela forma ele encontraria as pessoas que se foram e que ele não pôde nem se despedir, Momoa tomou a sua decisão.


Imediatamente, Momoa sentiu uma dor intensa, como se sua alma estivesse sendo puxada para fora de seu corpo. A luz dourada da forja envolveu sua mão, puxando-o para dentro enquanto sua alma era queimada pelas chamas escarlates.


De repente, o mundo ao seu redor desapareceu e ele sentiu-se flutuando em um rio de presenças inacabáveis, o Rio das Almas. Lá, as almas que estavam entre a morte e a reencarnação esperavam, um eterno purgatório de existências passadas onde Momoa buscava encontrar o seu pai e a sua mãe.


Enquanto Momoa era levado pelo rio, vozes perturbadas, descontentes com a sua presença naquele lugar, revelavam os seus segredos mais profundos e tentavam enxotá-lo de suas casas. Contudo, no meio de tantas vozes barulhentas, uma figura familiar emergiu como um raio de luz na mais profunda escuridão. 


Sua mãe, com uma voz amorosa e saudosa, aproximou-se dele


“Momoa… Meu filho…” Ela sussurrou com uma voz carregada de emoções reprimidas, saudades e orgulho: “Você cresceu tanto… Que grande homem você se tornou…”


Do outro lado da forja, onde o seu corpo estava, lágrimas brotaram nos olhos de Momoa, mas ele se manteve forte em sua postura firme, enquanto a sua alma respondia: “Mãe, eu senti tanto a sua falta… Onde está o meu pai?.”


Como se sentisse uma mão acariciar o seu rosto, Momoa escutou um sussurro contente da sua mãe, que disse: “O seu pai nunca veio para cá, meu filho! Ele encontrou um propósito para continuar lutando pelo nosso povo, pela humanidade e por você!”


Quando escutou aquilo, Momoa soube na hora que o propósito do qual a sua mãe falava era Zao Tian, pois o que restou da alma dele foi entregue ao garoto que Gold adotou como discípulo.


Momoa queria xingar e ter raiva de Zao Tian naquele momento, mas a sua mãe, que sabia exatamente o que ele sentia, pediu: “Não se zangue ou culpe os outros meu filho. A escolha foi feita pelo seu pai, e não existia um fim melhor para aquele grandioso homem do que continuar lutando até mesmo após a morte, servindo como um alicerce para aquele que ele acredita ser a esperança de tudo o que ele construiu.”


Enquanto escutava a sua mãe dizer aquilo, Momoa sentiu diversas presenças familiares se juntando ao seu redor. E enquanto ele conversava com a sua mãe e escutava a voz mais doce e esperada de sua vida, mais presenças se aproximavam e pareciam se ajoelhar para ele.


“Você sempre foi um guerreiro, meu filho! Eu tenho orgulho de você! Seu pai se orgulharia de você! E agora, você terá a força de nossos ancestrais para seguir o seu caminho e lutar ao lado de seu pai, através daquele que herdou a sua fé!” 


Quando a voz de sua mãe caiu, Momoa escutou os antigos generais de seu pai, guerreiros lendários que haviam servido com honra e coragem ao maior reino da humanidade, bradando em uma só voz: “Oferecemos nossas almas para a seu serviço, meu príncipe! Serviremos mais uma vez ao Rei Esmeralda através de você! Permita que sejamos a sua força, o seu auxílio e os seus companheiros até a última batalha!” 


Quando os generais disseram aquilo, uma aceitação instantânea aconteceu no coração de Momoa. Não havia como recusar aqueles pedidos sem ofender as vontades e tudo o que aqueles fizeram e significaram em vida. E enquanto Momoa aceitava, sua mãe instruiu: “Meu filho… Você se tornou alguém muito importante, de quem as pessoas esperam milagres, então você precisará de uma arma capaz de transmutar a matéria, para moldar o mundo ao seu comando! De se libertar como um verdadeiro manipulador da vida e da matéria!”


Enquanto sua mãe dizia aquilo, Momoa sentiu um calor intenso envolver seu corpo e as almas dos generais se unindo à dele. As almas daqueles grandes homens se juntaram e formaram dois pequenos objetos que, quando a luz finalmente diminuiu, e Momoa se viu de volta na forja, um par de luvas negras que pulsavam com um poder inimaginável, estava bem ali, do outro lado da forja.


Yan Chihuo e Yang Hao observaram enquanto Momoa se aproximava das luvas, estendia as mãos e dizia: “Halfkor!”


*Zwiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiing…* Assim que Momoa batizou as luvas com o nome de seu pai, aquele que unia os destinos dele e das almas que estavam naquelas luvas, uma intensa luz verde brilhou e cobriu metade do planeta. 


Enquanto a luz ofuscante dominava tudo ao redor, Yang Hao, sentindo o peso e a força das luvas, falou com Yan Chihuo: “Isso é diferente de todos as outras vezes que fizemos isso!”


Yan Chihuo, também surpreso com o poder intenso que sentia, falou de volta: “Eu sei… Mas se tratando dele, tinha como ser diferente?” 


Enquanto isso, Momoa fechou os punhos, sentindo e deixando a energia vibrante dentro das luvas percorrer todo o seu corpo e alma. Ele sabia que agora estava mais forte do que nunca, pronto para enfrentar qualquer desafio que viesse.


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Agora, no espaço sobre Decarius…


Quando as luzes brilharam no céu, Ares sentiu um pouco do seu poder diminuir e o aumento cessar, enquanto Momoa não tinha mais uma expressão raivosa. Tudo naquele homem parecia ter mudado quando aquelas luvas surgiram. Onde antes havia raiva e pressa, agora existia apenas frieza e poder.


Balder, que quase foi tocado por Momoa, algo que fez todos os seus alarmes de perigo soarem, estava assistindo a mudança acontecer bem na sua frente, enquanto um pedaço de sua roupa, que fora rasgado por Momoa, apodrecia instantaneamente entre as mãos do humano que, ao olhar cima, falou: “Isso acaba agora!”


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