Capítulo 850 - O Julgamento da Khan
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Em meio ao crescente clima de tensão sobre Uhr’Gal, Joster causava um espetáculo de dissuasão ao manter e expandir o manto de areia sobre o planeta, mergulhando-o numa escuridão que bloqueava completamente a luz do sol. A presença sufocante e hostil daquele mar de areia enchia os orcs de incerteza e temor, enquanto, no solo, o julgamento de Cruz estava à beira do veredicto final.
A cena fez o julgamento parar e todos os olhos se voltarem ao céu, perplexos, enquanto o exército orc no espaço se posicionava para enfrentar a ameaça que Joster representava.
De repente, uma fenda espacial se abriu nos céus de Uhr'Gal, trazendo de volta uma figura familiar, Shara’Kala, acompanhada de Grok, o representante de Gralkor que deveria atestar a lisura do julgamento.
Ao surgir, eles imediatamente se depararam com a visão de Zargoth e seus generais, Krom e Zhan, esperando friamente para confrontá-la. O semblante de Zargoth não escondia sua desconfiança e vontade de impedir que Shara’Kala deixasse o prisioneiro escapar por causa dos sentimentos dela, e ao dar um passo à frente, ele a encarou com um olhar de acusação.
“Khan Shara'Kala…” Zargoth começou, com sua voz reverberando pela área enquanto os orcs ao redor se aproximavam: “Em nome do conselho de Uhr'Gal, você foi oficialmente deposta. Suas ações em Niflheim, travando uma guerra ao lado dos humanos e em defesa de Cruz, um assassino do nosso povo, mostraram que seus interesses não estão mais alinhados com os nossos.”
A multidão entrou em burburinho, confusa e em choque. Shara'Kala, uma líder respeitada, agora enfrentava a acusação pública de traição. Ela, no entanto, não se abalou. Com a coluna ereta e o olhar imponente, ela respondeu a Zargoth em um tom que exalava autoridade e uma certa ira controlada.
“Zargoth…” Ela disse, com voz cortante: “Sua ambição o cegou a ponto de deixar o exílio, abandonar a tradição e tomar o controle de Uhr'Gal para si? Cada ação que tomei foi pelo bem de nosso povo! Estar ao lado dos humanos era uma escolha de honra para assegurar que nossa raça não se dobrasse aos deuses ou a nenhum outro opressor ou enganador! Eu fui atrás da verdade, somente isso!”
Zargoth, com uma expressão fria, respondeu de imediato: “Honra, verdade? Nós perdemos milhares para Cruz, e mesmo assim, você defendeu esse homem, desconsiderando a dor do seu próprio povo. Você age como se Uhr'Gal fosse apenas seu, mas somos uma raça, Shara'Kala, não um brinquedo em suas mãos.”
Depois de dizer aquilo, Zargoth olhou para seus generais, Krom e Zhan, que assentiram, solidários em sua posição.
Grok, leal a Shara'Kala naquela questão, deu um passo à frente para defendê-la: “Zargoth, suas palavras cheiram a traição. Desde que eu cheguei aqui, a Khan sempre protegeu Uhr'Gal com coragem e respeito às leis e tradições. E você vem aqui, com acusações vazias, tentando tomar seu lugar?”
Zargoth ergueu a mão, interrompendo Grok, e respondeu: “O conselho não deposita sua confiança em palavras vazias, Grok. Decidimos por justiça e independência, livre das influências de estrangeiros e daqueles que preferem alianças impuras.”
Enquanto os olhares de confrontação se intensificavam, um tremor discreto reverberou no solo, causado pela vasta força do manto de areia que Joster controlava. As vozes da multidão novamente se calaram, e os orcs começaram a apontar para o céu, onde as areias bloqueavam o sol como uma parede sombria. Joster, que aguardava instruções finais, havia se tornado uma presença aterrorizante, um anúncio apocalíptico muito visível.
Shara'Kala percebeu a gravidade da situação e a aflição de seu povo, e sabia que o cerco estava acontecendo por conta do julgamento que começou pelas costas dela. Ela não podia permitir que Uhr'Gal fosse destruído pela intransigência de Zargoth ou dos anciãos. E para tentar chegar a uma solução rápida e correta, ela, ohando diretamente nos olhos de Zargoth, fez uma proposta direta: “Eu vou retomar minha posição e esclarecer tudo o que aconteceu, desde à minha partida para Niflheim até a verdade por trás do ataque ao nosso povo. Deixe que eu conduza o julgamento e eu mesma asseguro que a justiça será feita de acordo com nossas leis. Cruz será julgado, mas de maneira justa.”
Zargoth, no entanto, cruzou os braços e retrucou: “Não temos motivos para entregar a você o poder de novo, Shara'Kala. Tudo que precisamos está aqui, e você não é mais a voz de Uhr'Gal.”
Shara'Kala franziu o cenho e apertou os punhos, mas antes que pudesse responder, uma voz familiar ecoou em seu comunicador. Era Zao Tian, que avisou: “Shara'Kala, confio em sua liderança para resolver essa situação. Mas meu cerco a Uhr'Gal continua. E qualquer tentativa de prejudicar Cruz será paga com o sangue dos que ousarem. A decisão é de vocês, mas o custo também será.”
Zargoth franziu o cenho ao ouvir a voz de Zao Tian através do comunicador. Ele, então, imediatamente se aproximou, e com um tom claramente desafiador, disse em voz alta para que todos ouvissem: “Então é isso? Nossa Khan agora recebe ordens de um estrangeiro que ameaça nosso povo como se fossemos meros inimigos?”
Shara'Kala encarou Zargoth com olhos firmes e, em um tom baixo, porém audível, respondeu: “Não são ordens, Zargoth. É a certeza de que Uhr'Gal terá sua justiça, mas sem cair na injustiça cega que você parece querer impor.”
Assim que terminou de dizer aquilo, Shara’Kala virou-se para a multidão e declarou: “Eu peço aos anciãos para que o julgamento seja realizado de forma justa. O que está em jogo não é apenas a vida de Cruz, mas o legado de honra de nosso povo!”
Enquanto os olhares se alternavam entre Shara'Kala e o céu, onde as areias de Joster pareciam uma ameaça constante, as preocupações se mesclavam em algo mais profundo… A segurança e independência de Uhr'Gal. Mesmo os mais leais à Khan viam a sombra de Joster como uma afronta, um lembrete de que Uhr'Gal estava sob o olhar de um poder externo que estava influenciando diretamente nos seus assuntos.
Nesse momento, Zargoth deu um passo à frente, chamando a atenção de todos.
“Este é o preço de alianças impensadas!” Ele apontou para as areias escuras acima deles, antes de declarar: “Os humanos cercaram nosso planeta, nos colocaram em uma jaula! E por quê? Porque nossa Khan, a quem devíamos nossa proteção, agora dança conforme as vontades de um estrangeiro que ameaça destruir tudo o que construímos!”
O silêncio caiu como um peso sobre a multidão. Muitos olhavam para Shara'Kala com uma mistura de medo e decepção, como se já não reconhecessem a liderança que antes tanto os inspirava. A Khan, no entanto, manteve-se firme, olhando para Zargoth e para a população ao seu redor com uma expressão de firmeza que não se abalava.
“Vocês acreditam que trago essa ameaça sobre nós?” Shara’Kala questionou, com uma voz clara e poderosa que ecoava pela praça. Depois, em um tom de repreensão, ela completou: “Eu, que liderei vocês até Decarius para encontrar o culpado, que fiz da honra de Uhr'Gal a minha missão pessoal, agora sou acusada de traição? Por confiar em uma aliança para nos tornar mais fortes e na verdade que me foi mostrada?”
Grok, ao seu lado, ergueu a voz para apoiar Shara'Kala: “Quem de vocês aqui realmente conhece o peso que a Khan carrega? Foram as decisões dela que nos garantiram que um banho de sangue não acontecesse em Uhr’Gal! Não nos curvamos aos deuses, não nos curvamos a nenhum poder estrangeiro! Mas não confundam justiça com desonra, Zargoth!”
Zargoth estreitou os olhos, encarando Grok e Shara'Kala com desdém, e disse: “Vocês dizem palavras bonitas, mas olhem ao redor! Um estrangeiro ameaça nosso planeta, mantendo o próprio sol longe de nós, e nossa Khan agora se ajoelha ao comando de outro!”
Assim que terminou de dizer aquilo, Zargoth fez um sinal para Krom e Zhan, seus generais, que assentiram e se posicionaram ao seu lado, imponentes e prontos para agir.
Nesse momento, a tensão cresceu na multidão, com alguns se movendo para apoiar Zargoth, outros hesitando ao ver a crença inabalável de Shara'Kala e Grok. A questão estava dividida, e o peso de cada palavra lançada parecia moldar o futuro de Uhr'Gal naquele instante.
A multidão se agitava com uma mistura de temor e indignação. E então alguém gritou: “Então é isso? Nossa honra será manchada por um estrangeiro? Uhr'Gal não cederá à força de ninguém!”
Gritos de protestos se espalharam pela multidão, e Zargoth, aproveitando a agitação, gritou para todos ouvirem: “Esta é a verdadeira ameaça, meus irmãos! Um aliado que se volta contra nós assim que tomamos as rédeas do nosso destino!”
Ao dizer aquilo, Zargoth apontou para o céu, onde o manto de areia permanecia denso e opressivo, e questionou: “Esse é o respeito que eles têm por Uhr'Gal? Por nosso povo?”
Enquanto as reações fervilhavam e Shara'Kala percebia que estava numa situação delicada, ela se voltou para Zargoth, sem fraquejar, e respondeu: “Vocês estão todos sendo enganados, tomados pela raiva e medo! Alguém está manipulando este julgamento para que nosso povo caia em desgraça, para que estejamos divididos e enfraquecidos quando a verdadeira ameaça chegar! Cruz não é o inimigo!”
Shara’Kala finalmente disse o que acreditava. Contudo, isso parecia apenas confirmar as suspeitas dos anciãos de que ela estava emocionalmente envolvida com Cruz.
“Se não é, então por que os corpos do nosso povo estão em suas mãos? Por que cada testemunha que eu ouvi falar aqui o reconheceu como o autor?” Zargoth replicou, furioso. E logo em seguida, ele ergueu o punho, convocando os orcs a gritarem por justiça, e o clamor da multidão subiu como um rugido: “Justiça para os mortos! Justiça para Uhr'Gal!”
Ao ouvir aquilo, Grok não conteve a indignação e deu um passo à frente, dirigindo-se diretamente a Zargoth: “O que você realmente quer, Zargoth? Justiça, ou o poder de controlar nosso povo através do medo? A Khan ainda é a líder!”
Nesse momento, Krom e Zhan avançaram, ficando lado a lado com Zargoth, como se estivessem prontos para reagir. Krom, o mais esquentado dos dois, grunhiu em desafio: “Grok, você defende uma traidora! Uhr'Gal não precisa de líderes que cospem em nossas tradições e nos abandonam para lutar ao lado dos humanos.”
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Enquanto isso, no espaço, Joster aguardava ansiosamente as instruções de Zao Tian. Ele sentia o peso da responsabilidade que o cerco representava e estava ciente de que a situação no solo provavelmente estava se tornando cada vez mais explosiva, e por isso, o manto de areia ao seu redor pulsava, refletindo sua própria apreensão.
“Joster…” Finalmente, a voz de Zao Tian soou de seu amuleto, calma, mas incisiva: “Mantenha a areia onde está. Apenas observe e intervenha apenas se houver tentativa direta contra Cruz ou Shara'Kala.”
Joster assentiu, apesar de saber que sua presença e as areias representavam um alerta tenebroso para Uhr'Gal. E ele fez com que a areia escurecesse ainda mais, intensificando a sombra sobre o planeta, mas sem qualquer movimento agressivo. Aquela era uma demonstração clara de força controlada.
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De volta à praça, Shara'Kala, ao ver que os anciãos e o próprio conselho orc começavam a ceder ao medo e à manipulação, sabia que precisava de uma ação decisiva para evitar que Uhr'Gal se tornasse um campo de batalha. Em tom resoluto, ela declarou: “Que me ouçam agora, todos vocês. O julgamento de Cruz será justo e não baseado no medo. Como Khan de Uhr'Gal, eu reassumo meu posto para garantir que a honra de nosso povo não seja usada como arma de controle e submissão.”
Zargoth imediatamente riu em desdém, cruzando os braços enquanto respondia: “Como você pretende retomar seu posto, Shara'Kala? Sua posição foi revogada! Não há lugar para quem abandona Uhr'Gal por um humano que já derramou nosso sangue.”
“Eu não abandonei nada! Estive fora para fortalecer Uhr'Gal, para garantir que nunca mais nos curvaríamos ou seríamos enganados!” Ela olhou para todos com intensidade, e seus olhos pareciam ferver com um orgulho inquebrável: “Vocês podem me considerar deposta, mas ainda sou a verdadeira Khan deste povo. E, pela honra de Uhr'Gal, asseguro que a justiça prevalecerá. Quem desejar a queda de nosso povo por um julgamento manipulado enfrentará não apenas minha ira, mas a fúria de todos os que verdadeiramente honram Uhr'Gal.”
Grok ergueu a voz junto dela, lançando um brado que ecoou por toda a praça: “Quem entre nós realmente deseja ver nosso povo dividido? Quem entre nós deseja cair perante uma vingança cega e sem fundamento?”
O silêncio recaiu sobre a multidão. Em seus olhares, era possível ver a dúvida, mas também a lealdade que ainda habitava os corações de muitos ali presentes. A sombra de Joster e o cerco dos humanos ainda permaneciam, mas a força da Khan começava a emergir uma vez mais.
Shara'Kala manteve seu olhar fixo em Zargoth e a multidão, percebendo que a confiança de muitos ainda balançava, embora algumas faíscas de apoio para ela começassem a surgir. Sabendo que cada palavra poderia selar o destino de Uhr'Gal, ela ergueu o punho, retomando sua autoridade de Khan de maneira inquestionável.
“O que está em jogo aqui não é apenas a vida de Cruz ou uma questão de julgamento. É a própria essência de quem somos! Uhr'Gal não se dobrará ao desespero cego ou a manipulações disfarçadas de justiça. Eu mesma garanto que a verdade prevalecerá, e não aqueles que manipulam nossos próprios medos para fins egoístas.”
Zargoth, impassível e genuinamente incrédulo em relação às boas intenções de Shara’Kala, ainda mantinha sua postura firme em não ceder: “E você acredita que poderá retomar seu posto? Os orcs de Uhr'Gal decidiram seu destino, e ele está ligado ao sangue derramado pelos traidores. Nós exigimos justiça! Sem sua interferência ou interferência estrangeira.”
*Poooof…* Assim que Zargoth terminou de falar, Shara’Kala jogou o corpo do clone de Yang Hao no chão, quase aos pés de Zargoth, e disse: “Se você acredita que o meu julgamento está corrompido… Me explique isso! Me diga porquê eu tinha um clone em Niflheim!”
Assim que Shara’Kala terminou de falar, Yang Chao, Cruz e os anciãos se levantaram com olhares surpresos, enquanto a multidão era dominada por um burburinho quilométrico.