Capítulo 804 - Inocente
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*Swoooooosh.* Shara’Kala observava cada um dos humanos à sua frente com olhos penetrantes, buscando qualquer sinal de mentira ou fraqueza. Quando seu olhar se fixou em Cruz, algo dentro dela se agitou. As tatuagens que cobriam o corpo de Cruz eram inconfundíveis, idênticas às descrições dadas pelos sobreviventes do massacre em Uhr’Gal. A fúria que ardia em seu peito encontrou um foco, e sem qualquer aviso, ela avançou em um ataque surpresa.
*Whooooom…* Cruz, com seus instintos aguçados, teleportou-se para trás, escapando por pouco do golpe claramente perigoso. Quando reapareceu, as sombras começaram a se formar ao seu redor, revelando sua habilidade como um cultivador da escuridão para a Khan. A energia negra que emanava dele só reforçou as suspeitas de Shara’Kala.
“Você!” Shara’Kala gritou, com a voz tremendo de ódio enquanto apontava para o Cruz e rosnava: “Foi você quem massacrou meu povo! Eu escutei a sua descrição por mais vezes do que quero lembrar!”
“Eu?” Cruz, ainda tentando manter a calma diante da acusação, apontou para si mesmo e questionou, antes de levantar as mãos em um gesto de paz e responder: “Você está cometendo um erro, Khan! Eu nunca estive em Uhr’Gal, eu estive em Decarius o tempo todo!”
Zao Tian vendo o seu amigo ser acusado de um ato tão hediondo e da certeza estampada no rosto da Khan, rapidamente interveio, sabendo que uma batalha naquele momento poderia ser catastrófica para a aliança entre as raças: “Cruz está dizendo a verdade, Shara’Kala! Ele não tem nenhuma ligação com o que aconteceu em seu planeta! Se ele fosse culpado, eu mesmo o entregaria a você, mas ele não é!”
Ming Xiao, sempre o diplomata, tentou acalmar a situação, dirigindo-se à Khan com uma voz conciliadora: “Shara’Kala, sabemos que você sofreu uma grande perda, mas precisamos encontrar o verdadeiro culpado. Acusar Cruz sem provas só irá desencadear uma guerra que nenhum de nós deseja.”
A Khan, no entanto, não estava disposta a ouvir. Sua voz retumbou como um trovão enquanto ela avançava novamente, com seus guerreiros orcs seguindo seu exemplo. “Provas? As marcas no corpo deste humano são provas suficientes! Vocês querem me enganar, mas não permitirei que a honra de meu povo seja manchada novamente!”
Hatori, que havia ficado em silêncio até então, sentiu a necessidade de tentar uma última vez convencer Shara’Kala. Ele se aproximou cautelosamente, mantendo-se pronto para qualquer eventualidade, e pediu: “Khan, eu a respeito profundamente, mas devemos ser racionais. Se atacarmos sem certeza, sem justiça, estaremos apenas espalhando mais sofrimento. Por favor, pense no que está prestes a fazer.”
Os regentes da Dinastia Yang, vendo a situação se descontrolar, também tentaram intervir. Yang Chao, em um tom mais moderado, disse: “Khan Shara’Kala, sabemos que sua dor é real, mas Cruz não é o culpado. Eles podem provar que ele estava em Decarius durante o ataque. Devemos parar de brigar entre nós e concentrar nossos esforços em encontrar o verdadeiro responsável.”
A Khan, no entanto, estava além da razão. Seus olhos estavam fixos em Cruz, e em sua mente, a conexão estava feita.
“Vocês estão todos juntos nessa. Se não me entregarem o culpado, então todos vocês pagarão com sangue! Eu prometi a meu povo vingança, e vou cumprir essa promessa!” A Khan bufou enquanto suas mãos começavam a ativar suas armas, que foram cobertas por um tipo de aura maligna.
“Eu não queria que chegasse a esse ponto, mas ninguém tocará no Cruz!” Ao mesmo tempo que Shara’Kala ativou suas armas, Zao Tian começou a materializar a Bloody Mary em suas mãos, enquanto murmurava juras de proteção aos seus companheiros.
A silhueta da foice ainda estava em nível de energia, mas Shara’Kala viu no mesmo instante que havia outro portador de uma arma do Espírito ali, porém, se ela fosse alguém que se intimidasse perante um inimigo, ela nunca seria a Khan. Ela encarou Zao Tian com frieza, sem qualquer hesitação em enfrentá-lo.
Olhar para aquela orc era como olhar para uma versão orc de Momoa. Shara’Kala era confiante, forte, profundamente estressada e sem qualquer medo em seu coração. Até mesmo as aberturas típicas que Momoa deixava propositalmente, devido à sua enorme confiança, estavam presentes na postura da Khan.
“Ei… Ei… Ei…” Quando a Khan ativou suas armas e os orcs atrás dela começaram a avançar, e Zao Tian começou a materializar a Bloody Mary, Cruz imediatamente se colocou à frente, acenando para a Khan e Zao Tian, pedindo calma: “Vamos nos acalmar aqui!”
Cruz, com uma expressão firme, ergueu a mão, sinalizando para que Zao Tian não prosseguisse com a materialização da Bloody Mary. Ele sabia que, se a situação continuasse a escalar, uma batalha seria inevitável, e o resultado poderia ser catastrófico para todos os envolvidos.
Ele tomou à frente, fixando seus olhos nos de Shara’Kala, que ainda mantinha suas armas prontas, com a fúria evidente em cada fibra de seu ser. Cruz, no entanto, não demonstrou medo.
"Khan Shara’Kala…" Cruz começou, com uma voz que misturava desafio e curiosidade: "Você fala de justiça para seu povo, de vingança e de restaurar a honra. Mas me diga, que tipo de justiça é essa? Se eu for com você, terei alguma chance de provar minha inocência, ou a sua mente já está decidida? A justiça dos orcs permite que um prisioneiro se defenda, ou a sua vingança já está selada?"
A Khan estreitou os olhos, com suas mãos apertando ainda mais o cabo de suas armas. Ela parecia ponderar as palavras de Cruz por um breve momento antes de responder com frieza e descontentamento: "Você terá a chance de se defender, humano. Contudo saiba que a justiça dos orcs não é suave. Você será julgado pelo conselho dos Anciões de Uhr’Gal e Gralkor, já que Grok está aqui, e se for considerado culpado, sua morte será lenta e dolorosa. Eu mesma cuidarei para que sofra tanto quanto meu povo sofreu. Você será esfolado vivo."
Cruz permaneceu firme, mesmo diante da ameaça clara e brutal de Shara’Kala. Ele olhou para os seus companheiros com uma expressão estranha por alguns segundos, antes de olhar novamente para a Khan.
"Então eu irei com você!" Cruz declarou, sem sequer tremular a voz: "Se eu sou inocente, isso será provado. Eu confio na verdade mais do que em qualquer arma ou poder. E se isso puder evitar uma guerra entre nossos povos, então é um risco que estou disposto a correr."
Zao Tian, que ainda segurava a energia da Bloody Mary, imediatamente se aproximou de Cruz, com seu olhar carregado de preocupação e discordância, e falou: "Cruz, você não precisa fazer isso. Não podemos confiar que eles lhes darão um julgamento justo! Você está se sacrificando por algo que não fez!"
Gu Ren também também deu um passo à frente, com sua voz carregada de urgência, e disse: "Cruz, pense bem! Estamos ao seu lado. Ninguém tocará em você… Podemos lutar, podemos descobrir o verdadeiro culpado e limpar seu nome sem que você precise se entregar assim!"
Ming Xiao, sempre o mediador, tentou apelar à lógica, argumentando: "Cruz, a justiça deles não é como a nossa. Você estará colocando sua vida nas mãos de inimigos que já o consideram culpado. Não podemos permitir que faça isso!"
Cruz, com um sorriso contente pela preocupação dos seus companheiros, balançou a cabeça e respondeu: "Eu sei que isso parece loucura e que eu sou verdadeiramente louco, mas estou convencido de que essa é a única maneira de evitar um conflito que destruirá tudo pelo que lutamos. Se minha entrega puder trazer alguma paz, então vale a pena. Eu provarei a minha inocência e trarei Urh’Gal de volta para o nosso lado. Enquanto isso, concentre-se em encontrar o verdadeiro culpado, se quiserem me ajudar."
Shara’Kala observava a troca de palavras entre os humanos, com uma expressão indecifrável, mas não abaixou suas armas: "Se este humano deseja se entregar, eu aceito. Mas saibam que qualquer tentativa de engano será paga com sangue. Se ele for culpado, a vingança de Uhr’Gal será completa, e nada poderá impedir isso."
Zao Tian queria protestar, mas ele sabia que Cruz estava decidido. Qualquer tentativa de impedi-lo poderia apenas piorar a situação. Finalmente, ele soltou a energia da Bloody Mary, dissipando a silhueta da foice, e assentiu lentamente enquanto falava para o seu amigo: "Se esta é a sua escolha, Cruz, então eu respeitarei. Mas saiba que não vamos desistir de descobrir a verdade e trazer você de volta."
Mesmo os regentes da Dinastia Yang queriam fazer com que Cruz mudasse de ideia, mas depois da aceitação de Zao Tian, um sentimento de que tudo já estava decidido permeou o ambiente, deixando todos calados.
Hatori, em sinal de respeito, acenou para Cruz, mostrando reconhecer o quão importante era a decisão que tomou. A guerra estava prestes a começar, e Urh’Gal não seria um inimigo fácil, sendo assim, Cruz evitou conflitos em mais frentes do que ele pode imaginar.
Com tudo decidido, Cruz deu um último olhar para seus companheiros antes de se virar para Shara’Kala, estender as mãos e dizer: "Estou pronto. Vamos para Uhr’Gal."
A Khan sinalizou para seus guerreiros, que se aproximaram de Cruz, prontos para escoltá-lo como prisioneiro. O clima de crise ainda existia, mas, por enquanto, o confronto foi evitado.